Especial: 5 filmes latinos de romance gay para você conhecer

Filmes centrados em romances entre dois homens, outrora raros, surgem cada vez com maior frequência e, melhor do que isso, não acabam apenas em tragédia. A sociedade mudou bastante desde o lançamento do oscarizado Brokeback Mountain, de Ang Lee, que narrou uma história com fim dilacerante. Não apenas temos desfechos mais positivos, também encontramos títulos vindos de diversas partes do planeta.

Como não recordar do romance subversivo dos personagens de Irandhir Santos e Jesuíta Barbosa em Tatuagem, de Hilton Lacerda? É um dos melhores exemplos de uma produção nacional que se abre para a diversidade, assim como a de demais países da América do Sul. Abaixo, confira cinco dicas de filmes com romance gay. Ainda que evite spoilers, direi se o fim é feliz, triste ou algo no meio disso.

1 – Los Fuertes, de Omar Zúñiga Hidalgo (Chile, 2019)

Exibido no 48º Festival de Cinema de Gramado, o longa acompanha Lucas (Samuel González), que vai passar um tempo com a irmã antes de viajar para o exterior. Nessa região mais inóspita de paisagens maravilhosas, ele se apaixona por Antonio (Antonio Altamirano). O filme como um todo é muito bem feito, com destaque para a química dos protagonistas. Há, em especial, uma cena de sexo muito bonita porque transmite todo o afeto e tesão que eles sentem um pelo outro. Temos no fim uma promessa de felicidade, algo que pode ser encarado com mais tristeza ou mais alegria pelo público, a depender de cada um.

2 – Un Rubio, de Marco Berger (Argentina, 2019)

Berger, que é um diretor homossexual, tem sua filmografia praticamente toda centrada em personagens gays. Ainda que Taekwondo (2016), Hawaii (2013) e Ausente (2011) não sejam tão bons e El Cazador (2020) seja fraco, Un Rubio é um ponto robusto que merece ser destacado. Na película, que se passa no subúrbio de Buenos Aires, Gabriel (Gaston Re) vai dividir um apartamento com Juan (Alfonso Barón). Ambos são trabalhadores assalariados, o que é interessante porque adiciona um elemento extra e foge da premissa de homens privilegiados se divertindo em seu momento de lazer. A atuação de Gaston Re, em especial, é muito boa. O fim não chega a ser feliz, mas indica um caminho de libertação para ao menos um deles.

3 – Esteros, de Papu Curotto (Argentina, 2016)

Na obra, Matías (Ignacio Rogers) e Jerónimo (Esteban Masturini) são dois amigos de infância que têm o despertar sexual juntos, se afastam e acabam se reencontrando já adultos. O ponto forte é o magnetismo de Masturini, que consegue nos seduzir e fazer torcer pelo casal. O fim é feliz.

4 – Contracorriente, de Javier Fuentes-León (Peru, 2009)

O filme mais antigo desta lista e provavelmente o mais melancólico. No enredo, o pescador Miguel (Cristian Mercado) é casado com Mariela (Tatiana Astengo), mas acaba se envolvendo com o forasteiro Santiago (Manolo Cardona). Um longa-metragem de fim triste e que dificilmente não te fará chorar, mas que merece ser visto por ser uma da obra potente, provavelmente já pode ser considerado um clássico moderno do cinema queer.

5 – Sócrates, de Alexandre Moratto (Brasil, 2018)

Após a morte de sua mãe, o adolescente Sócrates (Christian Malheiros) precisa lidar com a dor da perda e achar um jeito de sobreviver sozinho. No meio do caminho, envolve-se com Maicon (Tales Ordakji). De todos os cinco indicados, é o filme menos focado no romance, mas ainda assim merece muito estar na lista. Foi o trabalho que lançou Malheiros para o mundo e fez dele a estrela que é hoje. A obra toda é muito impactante e o fim, ainda que não seja trágico, tampouco oferece um vislumbre positivo para o personagem principal.

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