What We Do in the Shadows, série criada por Jemaine Clement a partir de filme homônimo, é um trabalho interessante. Chegou sem grande estardalhaço, mas aos poucos se fez ser notado. Atualmente em sua terceira temporada, consegue manter o humor de sempre e expandir o universo de criaturas bizarras.

Eu já vi muitas representações de sereias em minha vida, mas nada tão peculiar quanto aquela perdida em uma ilha nos arredores de Nova York. Ela é um bom exemplo da capacidade que a produção tem em brincar com seres fantásticos e elevar o tom do humor.

Foi um ano especialmente bom para Kayvan Novak, intérprete de Nandor, e Natasia Demetriou, que vive Nadja. A dupla ganhou merecido destaque e deveria ser mais reconhecida nas premiações.

Não que os demais atores estejam ruins. Matt Berry traz charme para Laszlo e Mark Proksch faz o possível para dar um pouco de vida para o naturalmente apático Colin Robinson. Além disso, temos matador de vampiros: Guillermo de la Cruz, interpretado por Harvey Guillén.

A revelação do amor de Guillermo por Nandor foi a reviravolta mais inesperada da temporada. Uma daquelas descobertas que, após ocorrer, parece tão óbvia, como se a verdade tivesse sido esfregada nas nossas caras o tempo todo sem percebermos – não tanto por distração nossa, mas pela própria idolatria que Guillermo sempre teve pelo seu mestre, algo que poderia não ser romântico.

Leia a crítica de What We Do in the Shadows S2

Cabe saber o quão longe a série pretende ir com essa história. Aliás, se pretende fazer qualquer avanço além do já feito, levando em consideração que foram três temporadas para sabermos de um sentimento até agora não correspondido. Sem sombra de dúvidas seria uma das histórias de amor mais excêntricas da TV.

Nota (0-10): 9