Criada por Phoebe Waller-Bridge, a série Killing Eve foi um sucesso momentâneo. A história de fascinação e ódio entre Villanelle (Jodie Comer) e Eve Polastri (Sandra Oh) facilmente seduziu a todos com seu texto fluído e inteligente, ótimas atuações e direção sólida.
Enquanto Emerald Fennell conduziu o segundo ano da atração, o terceiro ficou por conta de Suzanne Heathcote. Essas mudanças na condução da trama felizmente não prejudicaram a produção, que continua entregando um material acima da média.
A terceira temporada dá um salto no tempo após o fim chocante visto em Roma. Enquanto Eve está novamente no Reino Unido, a estilosa assassina está se casando com uma espanhola. A festa de celebração é interrompida por Dasha (Harriet Walter), antiga mentora de Villanelle e ótima adição ao elenco.
Eve até tenta ficar distante de confusão após milagrosamente sobreviver. Entretanto, é arrastada para uma nova investigação quando Kenny (Sean Delaney), o filho de Carolyn (Fiona Shaw), morre de forma suspeita.
A dinâmica imposta não é tão diferente do que já havíamos visto. Muitas vezes até podemos nos perguntar se ainda vale a pena continuar assistindo a um show que não parece progredir. A resposta, no decorrer dos episódios, fica clara. Por mais que falhe em trazer elementos misteriosos, todo o humor e toda a excentricidade fazem de Killing Eve única.
Após duas temporadas que levantaram o questionamento de um possível queerbaiting, nós também nos distanciamos um pouco mais dessa dúvida. A série ficou mais colorida, assim podemos dizer – com direito a beijo entre as protagonistas durante uma cena de briga em um ônibus.
Se Oh ficou um pouco ofuscada, Comer continua dominando a atração. Ela até mesmo tem um episódio todo seu quando sua personagem vai visitar a mãe biológica na Rússia, em um dos momentos mais interessantes deste ano. A assassina também continua a agradar por seu figurino. Ame ou odeie as peças, sem sombra de dúvidas elas chamam atenção.
Leia a crítica de Killing Eve S2
Quem também ganhou um bom destaque no enredo foi Carolyn, dando muito espaço para Shaw brilhar. Ela certamente deve ser um dos nomes a constar nas listas de melhores atrizes coadjuvantes.
Nem excepcional, tampouco irrelevante. Killing Eve mostra não ter perdido o fôlego, apesar de correr em terreno pedregoso.
Nota (0-10): 8