Minissérie criada para ter uma única temporada, The Sinner fez tanto sucesso que ganhou continuação. A produção desenvolvida por Derek Simonds trouxe de volta Harry Ambrose (Bill Pullman), detetive encarregado da missão de solucionar diferentes crimes.

Em sua terceira temporada, a história gira ao redor de Jamie (Matt Bomer), professor que está prestes a ser pai e envolve-se em um acidente de carro com um antigo colega, o introspectivo Nick (Chris Messina). O que, em um primeiro momento, parece apenas uma fatalidade sem culpados, logo mostra-se mais complicada.

O episódio de estreia do terceiro ano, apesar de morno, ainda é o melhor. Os próximos sete são incompreensivelmente ruins. O elemento suspense é deixado de lado logo no início. Toda a trama, pouco inspirada, por sinal, é revelada numa pressa ímpar – o que até pode ser visto como algo positivo, já que frustraria ainda mais se fosse desnudada como algo a impressionar.

O costumeiro jogo de caça entre investigador e investigado é trocado por uma relação que beira o medonho, narrativamente falando. As ações de Harry sempre foram questionáveis, mas simplesmente se tornaram nada críveis.

É difícil engolir que ele só vá gravar a conversa tempos depois de Jamie revelar mais de uma vez de maneira aberta que deliberadamente deixou o amigo morrer. Pior ainda é acreditar que um policial deixe que um assassino o enterre vivo e faça a promessa de queimar a carta de confissão caso seja libertado como o acordado.

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Todas as excentricidades do roteiro até poderiam ser amenizadas se a história empolgasse. Ocorre que em nenhum momento chega nem perto disso. É impressionante como alguém consegue criar uma atração tão insípida.

O que é uma verdadeira pena, já que Bomer está muito bem no papel de destaque. O ator merecia um enredo muito melhor do que esse arremedo que ganhou. Uma lástima. Triste, muito triste mesmo.

Nota (0-10): 3