Crítica Rick and Morty S3: viciante

Imagine misturar o filme De Volta Para o Futuro com a série Os Simpsons, acrescentar uma infinidade de referências da cultura pop e conceitos científicos ideais para desgraçar a cabeça do público. Pronto, temos Rick and Morty, animação criada por Dan Harmon e Justin Roiland.

Em sua terceira – e, infelizmente, breve – temporada, a atração, que é sucesso de público, continua tão irreverente e ousada quanto nos anos anteriores. Não são poucas as vezes que perguntamos se eles não foram longe demais. Afinal, há limite para a piada?

Vale ressaltar que, por mais que tragam um humor pesado, os roteiristas não são ofensivos com as minorias – verdade seja dita, esse é quase uma versão em desenho de Veep, só que mais mordaz e sem tanto compromisso em criticar de maneira implícita.

Rick Sanchez (voz de Roiland) é um cientista alcoólatra capaz de construir máquinas e acessórios tecnológicos que o permitem, por exemplo, viajar por diversas realidades paralelas. Ele é pai de Beth (Sarah Chalke), sogro de Jerry (Chris Parnell) e avô de Morty (Roiland) e Summer (Spencer Grammer).

O jovem Morty é arrastado de um lado para o outro em aventuras que costumam fugir do controle num piscar de olhos. Avô e neto muitas vezes costumam ganhar a companhia dos demais membros da família, que se mostram tão importantes quanto os dois personagens-título.

Neste ano, Jerry teve uma subtrama interessante com seu divórcio. Realmente dá pena dele, execrado com frequência pelos outros. Sua falta de coragem é tanta que os filhos quase foram mortos por uma ex-namorada que não aceitou o término tão bem.

Summer reinou naquele que foi um dos melhores episódios da série, Rickmancing the Stone, que se passa em um universo inspirado em Mad Max. Uma ótima passagem para quem é fã dos filmes.

Quem também ganhou um episódio para chamar de seu foi Beth. Em The ABC’s of Beth, ela vai resgatar um amigo de infância que, para sobreviver, comete zoofilia, incesto e canibalismo. É realmente bizarro o que acontece – e dá até vergonha de ver toda a situação como entretenimento. A atração basicamente traz um sentido todo seu para a expressão guilty pleasure.

Voltando a falar da dupla principal, são avô e neto que geralmente ficam com os melhores momentos – o que desperta uma saudável discussão sobre machismo, principalmente no meio científico. Summer, que é a neta mais velha, certamente poderia ser incluída nas aventuras de Rick.

Outra discussão que invariavelmente acaba acontecendo é sobre a precisão do que estamos acompanhando na atração. O programa é realmente tão inteligente quanto parece? Na pior das hipóteses, nos faz rir bastante.

 

Obs: Pickle Rick foi fenomenal.

 

Nota (0-10): 9

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