Após uma boa estreia de sua sétima e penúltima temporada, Game of Thrones mais uma vez surpreende e prova que não tem tempo a perder. Em seu segundo episódio deste ano, dirigido por Mark Mylod, tivemos vários acontecimentos marcantes, a começar por Dragonstone.
O diálogo entre Daenerys (Emilia Clarke) e Varys (Conleth Hill) sobre a lealdade dele veio de forma certeira, apesar de um tanto tardio. A resposta dada à mãe dos dragões foi convincente. Dizer que ele está ao lado da população e serve à coroa, e não a quem a utiliza, foi o bastante para seguir vivo.
Ainda tivemos uma aparição um tanto surpreendente de Melisandre (Carice van Houten) no local; e uma reunião onde Tyrion (Peter Dinklage) mostrou seu plano de atacar Rochedo Casterly, casa de sua própria família, para Ellaria Sand (Indira Varma), Yara Greyjoy (Gemma Whelan) e Olenna Tyrell (Diana Rigg). Vale destacar que, como de costume, a participação de Rigg é formidável. Lady Olenna é muito astuta e seus comentários são sempre uma amostra da qualidade do roteiro da série.
Enquanto o pessoal estava focado na batalha, no quarto de Verme Cinzento (Jacob Anderson) o assunto era outro. Alguém mais ficou impressionado com a velocidade que Missandei (Nathalie Emmanuel) ficou nua? O casal foi pra cama e provou que sexo se faz de várias formas. Viva o amor.
Distante dali, em Vilavelha, Sam (John Bradley) está mostrando que não é apenas fofo, mas também peça fundamental do tabuleiro. Após alertar Jon Snow sobre a presença de vidro de dragão em Dragonstone – carta essa que chegou neste episódio –, ele resolveu tentar curar por conta própria Jorah (Iain Glen), que não está lá em sua melhor forma por causa da escamagris.
É muito interessante todos esses cruzamentos que estão ocorrendo, como, por exemplo, o pai de Sam indo ao encontro de Cersei (Lena Headey). No meio de toda essa trama política na busca de apoio, Jaime (Nikolaj Coster-Waldau) ofereceu o sul para o aliado.
Leia a crítica de Game of Thrones S7E1
Eles contam com uma vitória, que não parece mais tão impossível quanto antes. O cenário que se desenha ainda é de vitória para Daenerys. Todavia, não tão esmagadora assim. No fim deste capítulo, tivemos mais uma luta de tirar o fôlego onde Yara foi derrotada pelo tio Euron (Pilou Asbæk) – que, aliás, estava com uma cara de ensandecido de dar medo.
Esta incrível batalha foi triste por mais motivos além da derrota dos “bonzinhos”. A começar por Theon (Alfie Allen) abandonando a irmã. Outro ponto é que quando finalmente Ellaria e as Serpentes de Areia não nos aborrecem, elas são derrotadas.
Esse fato, aliado aos avanços de Qyburn (Anton Lesser) para matar dragões, demonstra que Khaleesi certamente não terá um caminho tão fácil assim. Claro que com a vinda de Jon Snow (Kit Harington) para encontrá-la, a dinâmica do jogo sofrerá nova alteração.
Falando sobre o Norte, foi bem engraçada a mudança de postura de Sansa (Sophie Turner) ao saber que comandará o reino enquanto Jon estiver ausente. Todos os protestos repentinamente tornaram-se mudos. Ainda temos nessa equação Baelish (Aidan Gillen), que finalmente irritou o João das Neves e fez ele abandonar momentaneamente a cara de sofrência.
O episódio ainda nos presenteou com a reaparição de Hot Pie (Ben Hawkey), que contou as novidades para Arya (Maisie Williams), fazendo-a rumar para o Norte. No meio do caminho, ela finalmente reencontrou a loba Nymeria – que a ignorou um pouco.
Melhor estruturado que o capítulo anterior, Stormborn avança bastante no desenrolar dos conflitos ao sul. Tratando-se dos caminhantes brancos, questiono-me se eles vão atravessar a Muralha logo ou não. Começo a pensar que talvez seja a cena final deste ano. No ritmo que as coisas estão, parece bem pouco provável. Entretanto, faria sentido acabar com uma luta antes de ir para o embate mais difícil.
Melhor personagem do episódio: Samwell Tarly.
Melhor cena: batalha entre os Greyjoy.
Nota (0-10): 10